Burnout - da inglesa combustão- sintoma
descrito como sendo uma sensação de exaustão percebida pela pessoa acometida. O
termo Burnout foi utilizado inicialmente por Herbert J. Freudenberg (1926-1999)
Judeu - Alemão Psicólogo Clinico para designar os sinais e sintomas presente em
pessoas que estão submetidas à excessiva carga de trabalho e envolvimento
emocional. Os sintomas mais presentes são; depressão, irritabilidade, fadiga e falta de
interesse pelo trabalho.
Síndrome do Supertreinamento
e de Burnout são de
natureza física e psicológica, se caracterizam pelo estado de exaustão
prolongada e diminuição do interesse, principalmente pela realização do
trabalho.
Burnout - geralmente manifesta-se como
resultado do esforço excessivo no trabalho, em que os intervalos são muito
pequenos para a recuperação. Mais alguns autores consideram que algumas pessoas
com determinadas traços de personalidade, são mais susceptíveis a esta
síndrome.
Trabalhadores da área de saúde são frequentemente propensos
ao Burnout. Estudos realizados com esses profissionais demonstraram que aqueles
que têm envolvimento com outros (intensos e emocionalmente envolvidos), são
mais propensos a síndrome de burnout – Cordes & Dohety (1993).
Pesquisadores discordam quanto à natureza desta Síndrome.
Alguns referem à despersonalização, caracterizado pela perda do interesse para
o trabalho. Outros percebem como sendo um caso especial de depressão clínica,
mais como apenas como uma forma de fadiga extrema, fora do contexto da
despersonalização.
De fato esta Síndrome foi observada originalmente, em
profissões, que dependem de um relacionamento mais exigente com outras pessoas,
assim como; médicos, psicólogos, assistentes sociais, funcionário de
departamentos, professores, bombeiros, enfermeiros, comerciários... Hoje, porém
esta síndrome estende-se também a outros profissionais.
No campo esportivo esta
síndrome acomete;
atletas, treinadores, técnicos, árbitros, dirigentes... Quando se refere ao
burnout em relação ao atleta, (mais especificamente) além dos relacionamentos
interpessoais muitas vezes carregados emocionalmente, existe a questão do
treinamento excessivo, que pode contribuir para que esta síndrome se instale.
Meeusem (2001), respostas anormais (sinais e
sintomas) sugerem que existe uma associação com estas respostas e as alterações
nos sistemas neurológicos, endócrinos e imunológicos.
Hackney (1990) fez a seguinte relação das
características da síndrome do supertreinamento e Burnout;
Burnout: Baixa motivação de energias, Problemas
de concentração, Perda do desejo de competir, Falta de preocupação, Distúrbio
do sono, Esgotamento físico e mental, Autoestima diminuída, Afeto negativo,
Mudanças de humor, Abuso de substâncias, Mudanças de valares e crenças,
Isolamento emocional, Ansiedade elevados e Altos e baixos.
Costill (2001) relacionou as seguintes
respostas do sistema nervoso simpático e parassimpático à síndrome do supertreinamento
e de Burnout;
Do Sistema Nervoso
Autônomo simpático;
Aumento da frequência cardíaca, Aumento da pressão arterial,, Diminuição da
massa corporal, Distúrbio do sono, Instabilidade emocional, Taxa metabólica
basal elevada.
Do Sistema nervoso
Autônomo Parassimpático; Diminuição da frequência cardíaca, Diminuição de pressão arterial de
repouso, Recuperação rápida da Frequência cardíaca após o exercício. Inicio
precoce de fadiga.
Das duas condições apresentadas, no que se refere às
alterações do sistema nervoso autônomo, durante um processo de supertreinamento,
o mais frequente é a do sistema nervoso autônomo simpático, Kuipers &
Heizer, (1998).
Também existem respostas endócrinas ao supertreinamento, mais
como o treinamento intenso e a síndrome do supertreinamento produzem respostas
semelhantes (níveis endócrinos), por esse motivo a medida isolada destes
valores não dever ser utilizada no diagnóstico para determinar se um atleta se
encontra ou não numa situação de estresse ou de uma síndrome de burnout ou
supertreinamento.
Costill (1990) descreve que a diminuição da
testosterona concomitante ao aumento cortisol, poderia aumentar mais o
catabolismo do que o anabolismo das células, ocorrendo também aumenta de
adrenalina e noradrenalina, que elevaria frequência cardíaca e a pressão
arterial.
a) baixa imunidade;
(nem todos os atletas apresentam redução do sistema imunológico, desde que ele
esteja adaptado à demanda do treinamento)
b) consumo de oxigênio; o atleta com esta síndrome perde a
capacidade aeróbica, quedas do desempenho e da eficiência, (assim se deve
mensurar o consumo do oxigênio durante o exercício), pois quanto maior o
esforço e menor o rendimento maior é o consumo de oxigênio. Existe uma relação
entre FCMAX e o Vo2max.
c) alterações de
concentrações e enzimas séricas; após um período de treinamento muito intenso, verificou-se um
aumento dos níveis séricos de algumas enzimas, como a creatinina quínase (CK) a
transaminase glutâmico (TGO) e o lactato desidrogenase (LDA). Estudos
realizados em indivíduos com essas alterações demonstraram que os mesmos
apresentaram diferentes níveis de lesão muscular.
Burnout é definida por alguns estudiosos como uma da
consequência mais marcantes do estresse profissional, que se caracteriza por
exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade
em relação aos acontecimentos em sua volta.
Esta síndrome refere-se a um tipo de estresse ocupacional
mais frequente para profissionais que mentem uma relação constante e direta com
outras pessoas, principalmente quando esta relação é em sua essência de ajuda;
assim como as exercidas pelos profissionais da área de saúde.
Inicialmente a síndrome de burnout foi observada em
profissões, relacionadas a um contato interpessoal mais exigente, tais como
médicos, psicólogos, assistentes sociais, funcionários de departamento,
professores, comerciários, enfermeiros, bombeiros... Hoje, entretanto, sabe-se
que esta síndrome já atinge a todos os profissionais que interagem de forma
ativa com pessoas, que cuidam ou solucionam problemas, que obedecem a critérios
técnicos e métodos mais exigentes e fazem parte de trabalhos sujeitos às
avaliações constantes.
Critérios para o Diagnostico;
Observar a frequência
cardíaca; mais frequente em atletas com excesso de treinamento, do que naqueles
que estão mais bem adaptados ao esforço dos treinos. Este tipo de burnout,
relacionado com o esporte talvez seja mais bem compreendida se for estudado de
forma particularizada, uma vez que os sintomas desta síndrome são de conteúdos
altamente subjetivos e individualizados e que depende é obvio de fatores
emocionais e fisiológicos. Seily (1976).
COMENTANDO - Embora não se tenha conhecimento
definitivo sobre a síndrome do supertreinamento e burnout (que as sobrecargas
físicas e psicológicas), possam desencadear em certas pessoas a síndrome do
supertreinamento ou burnout, é bom não esquecer que os sinais e sintomas
físicos e psicológicos que eventualmente se manifestam, devem ser levados em
consideração, pois são indícios de que algo está errado, que está na hora de
parar, para fazer uma avaliação, sobre os procedimentos envolvidos no cotidiano
do atleta (esforços físicos, e envolvimentos emocionais), desta forma no esporte,
técnicos e treinadores devem observar as mudanças quanto ao rendimento do
atleta, assim como seu estado emocional, pois caso identifiquem algo que evidencie
sinais da síndrome do supertreinamento ou burnout, devem fazer intervenções,
imediatas, (com ajuda de outros profissionais), com o objetivo de evitar que
esta síndrome se instale, pois caso isto venha acontecer, o resultado é sem
duvida uma interrupção nos objetivos e perspectivas do atleta em consequência desta
síndrome.