Coordenação motora e eficiência ao pedalar.

Coordenação motora e eficiência ao pedalar.

Sobre a pedalada o ciclista tem encontrado muitos comentários a respeito do modo mais eficiente de pedalar. Alguns ciclistas (que usam firma pé, clipe) argumentam que conseguem puxar o pedal durante retorno da perna em cada ciclo da pedalada. Na verdade algumas pesquisas têm sido realizadas para determinar até que ponto isto é possível. Sem levar em consideração a pesquisa, na pratica é muito fácil observar que durante um giro em grande rotação, por exemplo, 60 pedaladas por minutos, não se consegue puxar o pedal quando este retorna ao ponto mais alto, (quarto quadrante, 270°- 360°) isto é praticamente impossível. No entanto isto pode ser realizado em cadencias menor e que para o ciclismo isto é praticamente desnecessário,exceto em raras exceções.Qualquer ciclista, portanto pode observar que isto é possível de ser realizado quando se pedala em pé em grandes sobidas, mesmo assim por pouco tempo, ou nos primeiros metros de um sprint. É fácil observar que a maioria daqueles que praticam ciclismo, neste aspecto, desconhecem a verdadeira finalidade do firma-pé,conhecido também com pedaleira, e atualmente os pedais clipes. É comum ouvir dizer que eles têm a finalidade de puxar o pedal para o ponto mais alto, para aumentar a potencia da pedalada. Mais o próprio nome já diz que o seu principal objetivo é dá firmeza no pedalar e evitar que o pé escape do pedal. Embora em alguns momentos seja possível utiliza-lo para ajudar no sprint e em certos momentos na escalada. 

 Estudos realizados por alguns pesquisadores da biomecânica com o propósito de melhor compreender os fenômenos produzidos durante o ciclo da pedalada, utilizaram técnicas eletromiográficas, para melhor estudar descrever e compreender, os fenômenos apresentados durante o esforço muscular. Nstes estudos realizados através da eletromiografia foram possíveis quantifica-lo tanto no que se refere ao esforço muscular quanto o resultado da fadiga produzido durante o esforço. Esta técnica foi utilizada com a finalidade de estudar a função do trabalho muscular, no momento do esforço e ainda mais analisar o esforço do músculo durante a sua contração e estabelecer parâmetros para fazer a diferenciação no que se refere às condições normais do trabalho muscular e o melhor aproveitamento da pedalada. E também detectar possíveis lesões e patologias por ele apresentadas, e sua relação com a inadequação da postura e coordenação do corpo e sua relação com bicicleta.  Foram realizadas com alguns ciclistas, pesquisas para analisar todo o fenômeno da pedalada em seu movimento angular e as variações apresentadas em todos os seus quadrantes. Um giro completo de um pé de vela e de 360° e foi dividido para estudos em quatros quadrantes, sendo o primeiro de 0 a 90° o segundo de 90° a 180° o terceiro de 180° a 270° e por fim o ultimo de 270 a 360°. Se pode observar que no primeiro quadrante o estimulo do pé sobre o pedal e aplicado para baixo e para frente. No segundo quadrante, (90° 180°) o estimulo é aplicado para baixo e para trás.  No terceiro quando o pé começa a subir a força é aplicada no sentido oposto ao primeiro quadrante isto é, para traz e para cima. 

 Enquanto que no quarto quadrante o estimulo é aplicado para cima e para frente. Veja que o terceiro quadrante é semelhante ao primeiro, no sentido propulsor - a força muscular ATP. Pode-se ver que o 1° quadrante do 0 a 90° acontece exatamente quando terceiro quadrante (180° 270°) do movimento oposto esta sendo realizado, isto é quando o pé direto realiza o estimulo no 1° quadrante (0 - 90°) o pé esquerdo realiza o movimento de retorno para traz e para cima no terceiro quadrante (180° 270°), e vice versa. Esta fase da pedalada é considerada o grande desafio da coordenação da pedalada, uma vez que é nesta fase que surgem as forças que podem impedir o desempenho ideal da cadencia e seu aproveitamento. E neste ponto no retorno do pedal para cima e para traz que a falha na coordenação pode provocar toque em sentido contrario. Uma forma pratica de constatar que isto acontece é pedalar com catraca fixa (pinhão fixo) e qualquer um pode perceber que o pedal que começa a subir no terceiro quadrante o ciclista pode sentir quando o pé é empurrando para cima sempre que o movimento da coordenação motora não acompanha o ritmo mecânico. Eu particularmente já utilizei com frequência a pinhão fixo como meio de melhor a cadencia e conseguir um pedalar mais redondo. Você também pode melhora bastante sua coordenação motora utilizando o pinhão fixo. Mais é bom lembrar que o pinhão fixo é bastante perigoso, isto porque a roda por não se encontrar livre pode a qualquer momento provocar acidentes.

Estudos continuam sendo realizados em laboratórios e poucos têm acesso a esta oferta da tecnologia para monitoramento desse tipo de treinamento. E por outro lado o ciclista também não deve e se limitar a detalhes a respeito da forma de pedalar se de pistão ou redondo ou mesmo se puxa o pedal no retorno do mesmo ao ponto mais alto do ciclo da pedalada. Tudo isto pode ser apreciado na pratica, independente dos resultados de pesquisas. Apenas é necessário ter conhecimento dos princípios básicos da mecânica da biomecânica, aerodinâmica e de coordenação motora. O ciclista deve observar o que sente durante e após os treinamentos, rendimento geral, dores nas pernas e lombar nos joelhos, dormência nas mãos, formigamento nas pontas dos dedos dos pés, entre outros e desconforto geral durante o treinamento.  Casos alguns desses sintomas apreçam ai sim, e sinal de que algo está errado e está na hora de procura ajuda.  Na pratica, após a regulagem da bicicleta através de medidas pratica e convencionais ou mesmo de forma mais detalhada através da bike fit. E desta forma com a bicicleta regulada (personalizada), o ciclista pode desenvolver uma forma de pedalar, e aprimorar o seu estilo, e obter o Maximo de sua eficiência. Sem contrariar é obvio os princípios gerais anteriormente citados. 

 Comentando: Atualmente existe certo exagero por parte dos ciclistas no que se refere ao monitoramento em seus treinamentos. A questão da pedalada, e os estudos realizados através da biomecânica, que se relacionam a todos os ciclos de uma pedalada, (em todos os seus quadrantes), é importante para os pesquisados a fim de melhor compreender todos os fenômenos relacionados ao desempenho do conjunto ciclista e a bicicleta. Isto é muito bom, mais enquanto isto não está acessível à maioria dos ciclistas, o importante é que algumas questões básicas tais como; forma de pedalar, o uso do firma ou clipe, estilo e aerodinâmicas façam parte do embasamento teórico do praticante do ciclismo. Sabe-se que alguns ciclistas mesmo não tendo acesso a esta oferta da tecnologia, ou mesmo porque não tiveram acesso a essa tecnologia em sua época, assim como também acontece com muitos ciclistas atuais, mesmo assim, muitos têm conseguido se destacar entre os demais. Sabe-se que existe, portanto em certo modismo em ralação as formas de monitoramento para o ciclismo. Como se monitorar por monitorar levasse a algum lugar. Pois o grande numero de informações obtidas através dos instrumentos que oferecem feedback ou mesmo biofeedback, acabam atrapalhando em vez de ajudar,uma vez que as informações colhidas não passam de informações de grandezas individuais, que não são confrontadas com uma medida padrão de referência, a fim de que o ciclista tenha um mapa de referencia entre as diversas forma de medidas de monitoramentos que utilizou.Se isto não é possível o melhor e que use apenas um instrumento para monitorar os treinos.Por conseguinte se estas medidas não se integrem e não estão sincronizadas para estabelecer a relatividade entre as diversas formas de monitoramento  com certeza o objetivo principal que é o desempenho global do ciclista estará comprometido.wra